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Uma prévia sobre o amor...

 Para falar de amor é preciso saber amar. O amor não é uma corrente científica da qual podemos compreender e reformular a qualquer momento. como aprendemos com as vogais e os números. E, mesmo aprendendo as vogais e os números da mesma maneira que outras pessoas no mundo inteiro aprendem ao mesmo tempo, porque alguém, os ensinou que devemos escrever assim, nós reproduzimos cópias idênticas das quais escrevem em um quadro. Mas, então, qual o sentido de aprender algo novo? E o que isso tem haver com o amor?

 A diferença em produzir cópias repetitivas de letras e números está na essência da alma, na vontade de querer aprender um traço mais preciso, mais elegante. No carinho em que cada traçado é feito. Assim é o amor. Conhecemos uma pessoa qualquer, pois um dia isso irá acontecer, assim como as vogais e os números, que antes só víamos letrinhas e números repetitivos, até um dia decidir conhecer a história desse alguém.

 Começamos a conversar e a se encontar com frequência, quando menos esperamos, já estamos fazendo parte da vida da outra pessoa. Vamos aconselhando a fazer o que é melhor, porque simplesmente achamos que aquilo que é melhor para gente com certeza será melhor para o outro também, sem ao menos pensar se aquilo em um determinado tempo não irá contra as regras da vida (da gramática, no caso), pois, apesar de serem repetitivas (as letras e números) cada um tem uma maneira diferente de traçá-las. Ninguém, ninguém mesmo usa algum padrão para caligrafar no cotidiano. Simplesmente transferimos para o papel aquilo que nos foi ensinado, mas com a nossa essência.

 O amor é como a caligrafia, aos poucos vamos descobrindo qual a melhor forma de caligrafar, qual a melhor caneta e o melhor papel para exprimir nossa alma, nosso desejo de ser correspondido. Ás vezes erramos, tentamos corrigir o erro com uma borracha. Mesmo assim, ficam marcas visíveis, como se desse pra ler o nosso passado nelas. Outras vezes, cometemos o mesmo erro, mas em outras páginas. Como o tempo passou aprendemos com a experiência de vida que se usásse-mos sempre o lápis, iria acabar borrando do mesmo jeito. Aí decidimos que já somos maduros o suficiente para saber manobrar a caneta.

 Erramos novamente!

 Como poderei eu publicar algo rabiscado, de péssima qualidade?

 Não tem jeito, temos que arrancar a folha, rasgá-la e começar do início.

Por que será que a nossa base treme quando mudamos (ou decidimos apagar ou rasgar) algo em nossa vida?

 Aos poucos a relação fica transparente, assim como os versos que decidimos apagar. Mas ficam marcas que insistem em aparecer, prejudicando toda nossa nova trajetória de vida. Decidimos que é hora de arriscar ainda mais, agora vamos ditar as regras de caneta! E cometemos um dos piores erros: escolher um caminho sem volta para as duas pessoas. Não pensamos que a outra pessoa talvez quizesse trilhar o seu próprio caminho.

 Foi sem volta. Não temos como apagar. Agora é definitivo. Temos que rasgar a página escrita de caneta, não podemos nem se quer ir para outra página, mas sim para o próximo capítulo.

 E assim deixamos passar a oportunidade de amar pelo fato de não permitir que o outro trace o seu próprio caminho!!!

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" Mentes opostas, corações unificados." Edinaiane Shinigami